segunda-feira, 19 de maio de 2008

Incêndios

"Combate aos incêndios Fase "Bravo" inicia-se hoje..."
Nunca pensei ver tudo o que tenho a um fio de desaparecer, mas vi. Em Setembro de 2003, mais precisamente, a 11 de Setembro de 2003, no dia dos meus anos, todo o concelho de Mafra foi assolado por um incêndio que se espalhou por todo o território concelhio. O vento não parava, o que ajudou muito o fogo a espalhar-se em escassos minutos. Lembro-me bem. Ligaram-me a avisar que havia um grande incêndio na Samoqueira (a quinta que faz fronteira com a minha), eu fui buscar os binóculos ao quarto do meu irmão e realmente vi que havia fogo. então decidimos, pelo sim pelo não, preparar-nos para alguma eventualidade. Fui mudar de roupa, vestir uma roupa mais adequada porque estava de vestido. Quando desci e voltei a sair para a rua e vou para trás da casa, já a minha quinta estava a ser devorada pelas chamas. Só estavamos eu e o meu irmão em casa. O meu pai, para quem eu me despachei a ligar, estava preso no trânsito que entretanto se tinha formado devido ao corte da estrada e nao conseguia chegar à Paz, até que decidiu parar o carro em quatro piscas e deixá-lo ali mesmo, afinal, era a casa dele que estava a ser destruida. A minha mãe estava em Lisboa. Era só eu e ele. De repente chegam os reforços: o meu avô e a minha cunhada. Rápido, temos que encher com água todos os alguidares e baldes que encontrarmos. Depressa, vai buscar as mangueiras e faz a ligação para que cheguem aqui. Onde estão os bombeiros?! Onde está o meu pai? Pai, finalmente! Os bombeiros não chegam!!! Rápido desliguem o gás e levem as bilhas daqui. Tirem os carros da garagem e ponham-nos longe da casa. Levem os cães daqui. E os cavalos também! De repente senti na pele o que a solidariedade consegue fazer. Sem a ajuda de todas aquelas pessoas que não conheço e que nunca mais vi nao teria conseguido. Pessoas que pararam os carros e se ofereceram para nos ajudar. Obrigada a ti que me levaste os cães nao sei bem para onde e mos vieste devolver depois de tudo estar calmo. Levaste oito cães que não conhecias dentro do teu carro e guardaste-os, alimentaste-os e devolveste-os sãos e salvos, obrigado. Obrigado a quem me ajudou a manter tudo molhado a volta da casa para que o fogo não chegasse lá. Obrigado. Neste dia aprendi que não basta o trabalho dos bombeiros, por melhor que seja ás vezes não chega. Neste dia se não fossem todas as pessoas que nos ajudaram não sei o que teria acontecido. Todo o concelho estava a arder e os bombeiros nao chegavam para todos os pedidos. Se não fosse o factor C eles não teriam vindo a minha casa, se não fosse uma chamada pessoal do meu papi eles não teriam vindo.
Mas tabém aprendi que se todos os proprietários de terrenos os mantivessem limpos o fogo nao se teria propagado tão rapidamente, tão feroz e inmpiedosamente. O combate aos incendios é uma tarefa de todos nós!!! Neste da aprendi isto da maneira mais dura.
Uns meses mais tarde uma amiga deu-me esta foto. Uma foto que ela havia tirado enquanto estava parada no transito. Esta foto onde se vê o que os meus olhos viam naquele dia: o inferno.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pequeno momento à Paris Hilton e Nicole Ritchie

Digno de se ver: http://aportuguesa.blogs.sapo.pt/30804.html Mas que raio de conversa é esta amiga? LOLOLOLOL Caríssimos amigos vocês sabem que as nossas conversas costumam ser conversas bem mais produtivas e interessantes. Sabem, não sabem? Sim? A sério? Boa! Ufa, já estava a ficar preocupada. Mas realmente este momento foi hilariante (diga-se que continuou no dia seguinte quando em conversa (também na net) a minha amiga C, que estava a dar aquelas arrumações de secretárias das quais resultam sempre imensos papeis para ir para o lixo diz "ah e tal tenho aqui imensos papéis de que já não preciso" ao que eu respondo "tipo, põe no lixo" e a resposta que obtive foi "não posso, porque o escaravelho mutante ainda está enclausurado dentro do meu caixote do lixo"... Como é que é possível?!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Mudanças

Isto de fazer mudanças não é nada fácil, principalmente quando se é uma tralheira como eu, que é como quem diz, uma pessoa que guarda todo o tipo de tralha. Já consegui despejar dois móveis, ou melhor, quase dois móveis, porque esses móveis ainda têm uma ou outra coisa lá por cima pois não sei o que fazer com tudo... Já tenho inumeras caixas para levar para o apartamento, agora só falta levá-las... Mano!!!! Ajuda!!! Sim, porque subir ao terceiro andar com todas aquelas caixas, caixinhas e caixotes não vai ser nada fácil. E com os móveis?! Maaaanoooooo, helppp!!!! Isso sim vai ser lindo, porque é assim subir com as caixas até se consegue, é cansativo mas faz-se mas e subir com os móveis?! Maninho, vá lá, faz esse favor á mana... :D
Neste momento tenho o meu quarto virado de pernas para o ar eu diria mesmo que andar naquele quarto é uma verdadeira aventura pois está tudo espalhado pelo chão para eu escolher o que vai e o que fica... Ai trabalheira...
Mas esta trabalheira até tem um lado bom que é o facto de eu estar a passar os olhos por todas as minhas recordações. Ainda ontem estava a desarrumar uma gaveta para fazer a devida selecção de material (apartamento - caixa 1; lixo - caixa 2) quando encontrei o meu querido diário! Sim, é verdade, eu tive imensos diários a quem (sim, eu escrevi mesmo a quem) dava nomes e tudo e onde escrevia as coisas mais inacreditáveis, mas ainda bem que o fazia, porque ontem ao ler o meu diário viajei no tempo, e voltei a ser uma menina (mais menina que sou hoje em dia apesar de ainda hoje ser muito menina, sim sim, não quero crescer...), a ir comer merendeiros à sexta á noite a casa da Xana e a ter que estar em casa ás 10 horas o mais tardar, a ir para a quinta construir cabanas de canas, a ir para o pinhal fazer piqueniques, e ir aos bailaricos todos com elas, a tocar na Tuna (diz que fui tocar a Oeiras amiga, lol), enfim, recuerdos...