quarta-feira, 10 de março de 2010

Was it that bad?!

Serious, was it that bad?

Dreams

Via Facebookius:
If life is divided in two parts then one part is definitely about living it and the other is about missing the moments lived...
What about dreams? Can I miss what I dream?
Será possível sentir falta do que apenas vivemos em sonhos? Poderão os nossos sonhos encherem-nos de vivencias de tal maneira que acabamos por sentir saudades? A verdade é que sinto falta do que apenas vivi em sonhos do que apenas senti em sonhos e do que apenas acreditei em sonhos

segunda-feira, 8 de março de 2010

A nossa (in)justiça

Hoje tive imensa vergonha de ser advogada, ou melhor advogada estágiária não vá alguem fazer participação de mim. Hoje tive vontade de me levantar e abanar o Juiz, de abanar a Procuradora, de abanar todo o Tribunal para ver se acordavam e viam o que estavam a fazer. Saí do julgamento com um nó no estomago, mal disposta, enjoada, sobretudo enojada e desiludida.
Estava em causa um crime de violência doméstica que, como toda a gente sabe, é a praga da nossa sociedade. Uma praga que a muito custo tem sido combatida, mas que ainda assim ainda afecta muitos homens e mulheres, seja ao nivel da violência fisica seja ao nível da violência psicológica. São muitos os casais, dos 18 (ou mesmo mais novos) ao 90 anos, que vivem diariamente a realidade da violência doméstica. Hoje calhou-me a mim defender um Homem acusado de praticar o crime violência doméstica. Meus queridos Colegas o processo agora é público pelo que não me vou inibir de falar nele, porque tenho que exprimir esta minha indignação.
O arguido em sede de inquérito havia prestado declarações como "Qual o Homem que nao bate na Mulher" ou "Se ela se atrasa a fazer o jantar é claro que apanha na tromba", entre muitas outras coisas tão sublimes quantos estas. Trata-se de um individuo que claramente vê estes maus tratos como sendo situações curriqueiras entre qualquer casal. Para este senhor bater na mulher, chamar-lhe nomes, ameaçá-la de morte, e deixá-la numa constante pressão psicológica não é mais do que a maneira correcta de se viver um casamento, afinal o pai dele ja tratava assim a sua mãe.
Tudo isto me choca imenso, mas o que me chocou ainda mais foi o que se passou em sede de julgamento.
Quando a ofendida, arrolada como testemunha, se apresentou para depor, foi, uma vez mais, vitima de uma enorme pressão psicológica. Não lhe bastava já toda a pressão que o seu adorado esposo lhe terá feito no sentido de ela nao depor, chegando ao Tribunal tem ainda que levar com o Sr. Juiz e a Srª Procuradora no sentido de não depor. Foram 20 minutos que me fizeram sentir vergonha de estar nesta profissão. Durante vinte minutos o Juiz e a Procuradora tentaram a todo o custo demover a Sr. de prestar depoimento. E mesmo quando a Sr. começava a relatar as várias agressões que havia sofrido era interrompida e questinada sobre se queria mesmo, mesmo, meeeesmo prestar depoimento.
Até consigo entender a posição do juiz, contudo entendo muito mais facilmente a posição da vitima que há dez anos é violentada pelo seu marido e que, por medo se tem sempre mantido calada.. até hoje.
A violência doméstica é um crime monstruoso, é um homicidio prolongado, porque cada vez que são violentadas fisica ou psicologicamente as vitimas morrem um pouco mais. E este criminoso foi hoje libertado sem qualquer tipo de censura por parte do Tribunal.
Devia estar satisfeita porque o meu arguido foi absolvido, mas não estou porque hoje naquela sala de Tribunal não se fez justiça.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Little steps, big chances

Há momentos na nossa vida que mudam tudo. Pequeno e quase insignificantes momentos. Minutos. Segundos. São segundos em que te cabe a ti decidir o que queres. Aí, nesses milésimos de segundo tens que ter a coragem de dar o passo. Avançar. Acreditar. Simplesmente acreditar e dar o próximo passo. A vida dá-te tudo, mas és tu que tens que dar o passo em frente. És tu que tens que esticar o braço e agarrar a felicidade nas tuas mãos. Vencer o medo.
Ás vezes é assustador. Ás vezes tudo o que te apetece é fechar a concha e primir o pause. Mas não podes. porque na vida não há um botão de pause. Na vida não há o forward nem o rewind. Na vida as coisas não param. Cabe-te a ti conseguir avançar sempre, mesmo quando tens medo.
E o medo, bem o medo é o que te faz sentir vida. É o medo que te faz sentir que é real. É aquele friozinho na barriga que te prova que estás mesmo a viver e não a sonhar. E a vida é mil vezes melhor do que qualquer sonho.
So dont be scare, just live it... NOW

quarta-feira, 3 de março de 2010

...

Até onde vai a maldade humana? Será que tem limites? E qual a sua origem? São perguntas como estas que muitas vezes me tomam durante horas e horas sem nunca conseguir chegar a conclusão nenhum.
Hoje, aliás, nos ultimos tempos tenho pensado demais na maldade humana. Tenho perdido muito tempo e gatso muita energia pensando nisso. Mas a verdade é que não consigo não pensar. Estou cansada. Sinto-me exausta e com vontade de desistir. Apetece-me fechar a porta e esquecer simplesmente.
Sair daqui, fugir daqui sim. Sei que é uma fraqueza, mas olha, talvez seja uma pessoa fraca, talvez nao tenha defesas para lidar com pessoas assim. Porque eu aguento muita coisa e consigo-me bater de frente com muita coisa. Agora quando eu vejo maldade assim nao consigo. Não consigo porque nao compreendo e sem compreender as coisas nao consigo agir.
Gosto de analisar as coisas, compreendê-las e entao depois agir. A partir do momento em que consigo compreender as coisas consigo sempre enfrentá-las, mas primeiro tenho que compreender.
Para mim o que me custa mais não é agir, é tomar a decisão. Depois de tomar a decisão as coisas são "faceis", o pior de tudo é sempre tomar uma decisão. O problema aqui é que eu nao consigo decidir o que fazer porque nao compreendo as coisas.
Não compreendo a maldade assim.
Porque uma coisa é tu errares e até quem sabe ás vezes tomares atitudes que sabes que vão magoar os outros, uma coisa é teres comportamentos maus porque no momento agiste assim, outra coisa é respirares maldade por todos os poros. Outra coisa é fazeres a tua vida com base nas lagrimas dos outros. Outra coisa é gerires todo o teu tempo em função de "o que é que eu posso fazer hoje para prejudicar esta ou aquela pessoa". Outra coisa é estudares cada passo que dás e cada frase que dizes estrategica e diabolicamente. É mesmo isso, tu és diabólica. Tens uma maldade que eu desconhecia que existia.
Destróis tudo à tua volta e destróis-me a mim.
Destróis o meu sorriso e destróis a minha alma.
Sugas toda a energia que há em mim.
Estou a chegar ao meu limite.