Vinte e cinco de amor. Vinte e cinco anos a amar-te mais do que a mim mesma. Sim, vinte e cinco, pois tenho a certeza que já te amava quando, ainda mesmo antes de nascer, ouvia a tua voz a falares para mim enquanto eu crescia no ventre materno.
Vinte e cinco anos de devoção. Vinte e cinco anos de (tentativas de) partilhas. Vinte e cinco anos de afectos (dados, não recebidos). Vinte e cinco anos a ver-te crescer enquanto também eu crescia. Vinte e cinco anos a querer ser assim como tu, a querer usar as mesmas roupas que tu e praticar os mesmos desportos que tu, podia ser que assim partilhasses mais coisas comigo.
Durante vinte e cinco anos foste o meu heroi, o papel não era só teu pois esse papel cabia a duas pessoas na minha vida, uma delas continua com ele, como eu sei que continuará para sempre, mas não posso fingir mais que a capa te fica bem...
Vinte e cinco anos a procurar o teu amor. Vinte e cinco anos a procurar o teu abraço. Vinte e cinco anos a procurar um carinho teu. Vinte e cinco a fazer de tudo para compreender que simplesmente és diferente, mas que no fundo estás cheio de amor por mim, por nós.
Vinte e cinco anos a enternecer-me com cada sorriso teu. Cada vez que chamavas o meu nome e me pedias ajuda para qualquer coisa eu era capaz de mover o mundo para te dar a ajuda de que precisasses, só para que depois podesse ver o teu sorriso para mim, só para poder sentir que tu tinhas ficado bem impressionado comigo.
Durante vinte e cinco anos amei-te mais do que a mim mesma. Amar-te-ei por mais vinte cinco, e vinte e cinco depois disso, e mais vinte e cinco ainda, amar-te-ei enquanto viver e mesmo depois de morrer continuarei a amar-te, mas a partir de hoje nao usarás mais a capa de heroi, a partir de hoje estarás aí onde estás mas eu deixarei de estar aqui onde sempre estive.
Continuo, como continuarei, a amar-te como até aqui, mas não te darei mais esse amor.
Lamento, não sabes como lamento, não sabes como me dói, mas depois de hoje não posso mais fingir...
Sem comentários:
Enviar um comentário